Na busca incessante por mais algum bem material
Perde-se o homem, quando não busca o imaterial
Entre passos cambaleantes e quedas constantes
Ele sofre, pois não hesita em iludir-se a cada instante
Sem entender que o foco é amar a transcendência
Perde-se o foco de sua própria alma, de sua essência
Vagueia pelo mundo, disciplinadamente, ao léu
Pela vã ascensão na terra, ignora a elevação ao céu.
Pare um momento, ó homem inquieto! Está perdido!
Não é buscando nada visível que encontrará sentido
A vida é dentro de si. Onde está, agora, seu coração?
Tenha coragem para trabalhar em si, com dedicação.
Olhe para todas as suas mazelas e purifique seu interior!
Não percebe que a guerra lá fora reflete de si, o seu temor?
Está em guerra consigo e atreve-se a falar de paz no mundo?
Antes é necessário que purifique seu eu mais profundo.
Enquanto não houver amor legítimo em seu coração
Ainda haverá engano, julgamento, desilusão e revolta
Enxerga a si mesmo antes e não saberá o que é solidão
Verá que é semelhante aos seus irmãos. Por isso, volta.
Volta a si mesmo. Volta à sua essência e purifique-se.
Volte ao caminho que lhe fazia sorrir e desejar viver
Se vê o sofrer do mundo, tem coração, mas antes, vivifique-se.
Traga a luz para si, para que possa partilhar o seu ser.
O amor, em si, precisa ser desenvolvido.
O sentido, em si, está contido.